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IMPROVISAÇÃO TEATRAL E PÚBLICO: CONEXÕES E PROTAGONISMOS

Autores: SANDRO DE CÁSSIO DUTRA

Em continuidade às pesquisas sobre a improvisação teatral, o autor avança para além dos palcos, deslizando por públicos e plateias que são instigados a ter vez, voz e voto. O foco da investigação repousa sobre o século XX, quando se registra grande preocupação com o espectador do teatro, de forma a remodelar seu posicionamento na cena, sendo, inclusive, incentivado a atuar. As teorias e práticas erigidas pelos diretores Jacob Moreno, Augusto Boal e Keith Johnstone rompem substancialmente com as convenções do teatro tradicional e censuram o enquadramento imposto pelo teatro clássico grego. Suas propostas invocam o teatro primitivo, ainda sem funções definidas, liberto de normas, festivo e participante. Nessa referência ancestral estariam presentes a espontaneidade e o improviso dos envolvidos, dois temas visivelmente caros e fundamentais na prática dos diretores acima mencionados. O leitor poderia indagar se esse retorno às origens, somado à entrada do espectador na cena, utilizando-se basicamente da improvisação como o motor propulsor da encenação, não descaracterizaria o teatro, inaugurando, desse modo, outra modalidade de arte. São os próprios diretores que antecipam a resposta para tal inquirição. E para conhecer suas razões, convida-se à leitura deste livro.

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-65-251-5494-7
ISBN DIGITAL:978-65-251-5495-4
DOI: 10.24824/978652515494.7
Ano de edição: 2023
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 142
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1

PREFÁCIO IMPROVISADO - 11
INTRODUÇÃO - 15
2. O espectador teatral: do theatron à skené - 26
3. A dramaturgia teatral: concreta, abstrata, básica, voluntária - 30
4. O espectador improvisador - 32
CAPÍTULO I JACQUES COPEAU: espectador irrequieto, diretor influente - 33
1.1 Devaneios - 33
1.2 Algumas ideias de Copeau - 34
1.3 O público na cena idealizada por Copeau - 39
1.4 Copeau: de espectador atento à atenção ao espectador - 41
CAPÍTULO 2 O TEATRO DA ESPONTANEIDADE DE JACOB LEVY MORENO: a improvisação na atuação do espectador espontâneo - 47
2.1 Um teatro “de todos por todos” - 47
2.2 O Teatro da Espontaneidade - 51
2.3 O Jornal Vivo - 52
2.4 O Teatro Terapêutico - 52
2.5 A espontaneidade e a criatividade - 54
2.6 O locus do teatro - 61
2.7 A improvisação - 64
CAPÍTULO 3 A IMPROVISAÇÃO DO ESPECT-ATOR NO TEATRO DE AUGUSTO BOAL - 75
3.1 Entre Stanislavski e Brecht - 75
3.2 Experiência na França: O arco íris do desejo - 79
3.3 Osmose, metáxis e indução analógica: três hipóteses para eliminar O tira na cabeça - 81
3.4 A improvisação como ferramenta à terapêutica - 84
CAPÍTULO 4 KEITH JOHNSTONE: o teatro esporte - 99
4.1 Breve histórico de vida e o início com o teatro - 99
4.2 Status - 102
4.3 A improvisação: ideias primordiais; espontaneidade; simplicidade - 106
4.4 O trabalho com as máscaras - 111
4.5 Teatro-esporte: criação de Johnstone - 112
CONSIDERAÇÕES FINAIS - 119
O FUNCIONÁRIO AGENOR - 131
REFERÊNCIAS - 135
ÍNDICE REMISSIVO - 139

SANDRO DE CÁSSIO DUTRA

nasceu em Assis-SP, em 1964. Possui graduação e mestrado em História pela UNESP/Assis; doutorado em Teatro pela UNIRIO; é ator do grupo Teatro Fabrincantes e Matulão, editor do jornal Ruarada, autor do livro Linhagens e noções fundamentais de improvisação teatral no Brasil: leituras em Boal e Burnier (2015). O presente livro é resultado de sua pesquisa de pós-doutorado desenvolvida entre 2018 e 2020 na FCL/UNESP-Assis.