Capa do livro: OLHARES SOBRE A HISTÓRIA DE MINAS GERAIS DOS SÉCULOS XVIII E XIX:<br> percursos investigativos de historiadores formados por Afonso de Alencastro Graça Filho

OLHARES SOBRE A HISTÓRIA DE MINAS GERAIS DOS SÉCULOS XVIII E XIX:
percursos investigativos de historiadores formados por Afonso de Alencastro Graça Filho

Autores: Castro, Bruno Martins de (Org.)

Não obstante certas insistências enunciadas ao longo das últimas três ou quatro décadas, a verdade é que toda História é uma História Regional, mesmo em se tratando da chamada História Global que, no fundo, busca compreender processos históricos marcados por múltiplos vínculos entre diversas regiões. Não há dúvida de que, tanto através de suas próprias pesquisas, quanto nos trabalhos por ele orientados, Afonso de Alencastro Graça Filho contribui decisivamente para a elevação da História da Comarca do Rio das Mortes ao palco nacional. Neste presente volume, publicado em homenagem ao professor Graça Filho, reúnem-se investigações que compartilham de uma inspiração característica do revisionismo historiográfico que, em tantos sentidos, vem reescrevendo a História do Brasil há um bom tempo: a valorização de fontes primárias de origem local (camarárias, eclesiásticas, cartoriais, privadas). Com a sociedade escravista de pano de fundo, são examinados temas ligados à produção e consumo da agropecuária que dominava a região, às populações e à instituição da família, à administração pública e ao gerenciamento privado, aos processos de alforria e ao abolicionismo, entre outros. Na verdade, também se trata de uma homenagem à História de Minas, à História do Brasil Sete e Oitocentista e, por que não à História Atlântica.


Douglas Cole Libby

Professor Titular da UFMG

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-65-251-5392-6
ISBN DIGITAL:978-65-251-5391-9
DOI: 10.24824/978652515392.6
Ano de edição: 2023
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 274
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1

APRESENTAÇÃO....................................................................11
Bruno Martins de Castro
PREFÁCIO ....................................................................15
João Luís Ribeiro Fragoso
PARTE I
TEMAS E PERSPECTIVAS DE ANÁLISES
CAPÍTULO 1
A PRODUÇÃO AGROPASTORIL DA ELITE ECONÔMICA DAS VILAS DE SÃO JOÃO E SÃO JOSÉ DEL-REI ENTRE OS ANOS DE 1750 E 1808: um estudo de caso a partir dos inventários post mortem ....................................................................21
Filipe Moreira Alves de Lima
DOI: 10.24824/978652515392.6-21-40
CAPÍTULO 2 PECUÁRIA E AGRICULTURA NO QUARTEIRÃO DO MOSQUITO, INTERIOR DE MINAS (SÉCULOS XVIII E XIX)............................................41
Fábio Carlos Vieira Pinto
DOI: 10.24824/978652515392.6-41-58
CAPÍTULO 3
ENTRE OS SEUS – PADRE FRANCISCO FERREIRA DA SILVA NA POSSE E ADMINISTRAÇÃO DA FAZENDA DO TANQUE (SÃO
JOÃO DEL-REI, SÉCULO XIX) ....................................................................59
Edriana Aparecida Nolasco
DOI: 10.24824/978652515392.6-59-80
CAPÍTULO 4
A UTILIZAÇÃO DAS AÇÕES DE DIVISÃO DE TERRAS DACOMARCA DO RIO DAS MORTES COMO FONTE EM HISTÓRIA
AGRÁRIA – SÉCULO XIX....................................................................81
Keila Cecília de Melo
DOI: 10.24824/978652515392.6-81-100
CAPÍTULO 5
CASAMENTOS E FAMÍLIAS ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SÃO JOSÉ DO RIO DAS MORTES – C.1795-C.1830.................................................................101
Carlos de Oliveira Malaquias
DOI: 10.24824/978652515392.6-101-108
CAPÍTULO 6
FAMÍLIAS ESCRAVAS EM PIRANGA: casamento e estabilidade familiar na segunda metade do Oitocentos....................................................................119
Guilherme Augusto do Nascimento e Silva
DOI: 10.24824/978652515392.6-119-140
CAPÍTULO 7 SENHORES, ESCRAVOS E ALFORRIADOS: uma análise sobre o perfil dos proprietários manumissores, os processos das alforrias e as possibilidades da liberdade nas escravarias de São João del-Rei (Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais, século XIX).................................................141
Bruno Martins de Castro
DOI: 10.24824/978652515392.6-141-176
CAPÍTULO 8 COMO SE DE VENTRE LIVRE NASCERA: as cartas de alforria em São João del-Rei, c.1870-1888................................................................177
Sirleia Maria Arantes
DOI: 10.24824/978652515392.6-177-208
CAPÍTULO 9 O DEBATE SOBRE O ABOLICIONISMO NOS ANOS FINAIS DA ESCRAVIDÃO NA CIDADE DE SÃO JOÃO DEL-REI.......................................207
Elizabeth Marcia dos Santos
DOI: 10.24824/978652515392.6-207-222
PARTE II
TESSITURAS DA MEMÓRIA CAPÍTULO 10 PRESERVANDO MEMÓRIAS, PALEOGRAFANDO AFETOS....................................................................225
Jairo Braga Machado
DOI: 10.24824/978652515392.6-225-230
CAPÍTULO 11 CONVERSA DE HISTORIADORES: entrevista com o Professor Afonso de Alencastro Graça Filho.............................................................231
ÍNDICE REMISSIVO ....................................................................263
SOBRE OS AUTORES....................................................................269

BRUNO MARTINS DE CASTRO (ORG.)
Possui graduação em História (licenciatura e bacharelado) pela Universidade Federal de São João del-Rei (2013) e mestrado em História também pela Universidade Federal de São João del-Rei (2020). Atualmente realiza doutorado no Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com bolsa PROEX-CAPES. É professor efetivo II C de História na rede pública estadual de ensino de Minas Gerais (SEE/MG). Integra o grupo de pesquisa “Escravismo atlântico: família, riqueza e cultura” (UFMG-CNPq) e o GT Emancipações e Pós-abolição em Minas Gerais (ANPUH-MG). Atua ainda como editor da Revista Acadêmica Ars Historica, periódico vinculado ao Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia e Império, trabalhando principalmente com os seguintes temas: História Social da Escravidão; Alforrias e experiências de liberdades; História Econômica de Minas Gerais colonial e provincial; Demografia escrava; Elites escravistas em Minas Gerais no século XIX. Entre suas mais recentes publicações estão o livro Forjando Liberdades na Encruzilhada da Escravidão: as alforrias cartoriais do termo de São João del-Rei (c.1830-c.1860) (2021), publicado pela Editora CRV, o capítulo “Dos olhares sobre a liberdade: senhores, forros e as representações da alforria no contínuo reinventar da escravidão – São João del-Rei (1830-1860)”, publicado no livro 300 anos de Histórias Negras em Minas Gerais: temas, fontes e metodologias (2021) e o capítulo “Papéis da liberdade: os registros cartoriais das alforrias e as formas de concessão – termo de São João del-Rei, c.1830-c.1860”, publicado no livro História e práticas sociais: dimensões da pesquisa e debates contemporâneos (2022).

CARLOS DE OLIVEIRA MALAQUIAS
É professor do Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe e do Programa de Pós-graduação em História. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014), onde concluiu seu mestrado em 2010. Possui graduação em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (2007), tendo sido orientado pelo profofessor Afonso de Alencastro na Iniciação Científica. Suas pesquisas focam os seguintes temas: pequenos produtores no período escravista, demografia histórica e história da população, história agrária, história econômica e história da escravidão. Foi chefe do Departamento de História da UFS de 2019 até o fim de 2022 e coordenador-adjunto do Programa de Pós-Graduação em História (PROHIS) de 2019 a 2020, retornando à função em 2022. É líder do Grupo de Pesquisa “Mundo Atlântico e Colonização Portuguesa” (CNPq/UFS) e pesquisador participante do Grupo de Pesquisa “Escravismo Colonial” (CNPq/UFMG). Tem se dedicado à pesquisa primária com levantamento documental nos arquivos sergipanos (em especial no Arquivo Público do Estado de Sergipe/APES e no Arquivo Geral do Judiciário de Sergipe/AGJSE), com destaque à documentação que trata das formas de patrimônio e trabalho nos séculos XVIII e XIX.

EDRIANA APARECIDA NOLASCO
Professora de História da Rede Municipal de São João del-Rei e do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus São João del-Rei; doutora em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); mestra em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); licenciada e bacharela em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); especialista em Design Instrucional para EAD virtual pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI); especialista em Educação Empreendedora pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); especialista em História de Minas no século XIX pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ); licenciada em Filosofia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

ELIZABETH MARCIA DOS SANTOS
É mineira, natural de São Tiago. É filha de José de Arimatéia Santos e Darci Maria de Andrade e mãe do Leonardo. Em sua trajetória acadêmica, cursou o ensino primário em São Tiago e o ensino médio em São João del-Rei, formando-se técnica em contabilidade. Em seguida, graduou-se em filosofia pela UFSJ, em 2003; em pedagogia, em 2016, pela UNIMES; e posteriormente graduou-se em história, em 2019. Especializou-se em História de Minas dos séculos XVIII e XIX pela UFSJ, em 2006, e em Educação especial e inclusiva pela FAVENI, em 2016. Obteve o título de mestre em história, em 2020, pela UFSJ. É professora efetiva da rede municipal de ensino de São Tiago.

FÁBIO CARLOS VIEIRA PINTO
Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) – Poder e Linguagens, na linha de pesquisa Poder, Espaço e Sociedade, tendo participado do grupo de pesquisa Impérios e Lugares no Brasil. Bacharel, licenciado, especialista e mestre em História pela Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ). É professor efetivo na rede estadual de ensino de Minas Gerais. Tem experiência em gestão escolar e na área de História, com ênfase em História de Minas Gerais, atuando principalmente nos seguintes temas: demografia escravista, família escrava, História regional, história agrária, economia mineira nos séculos XVIII e XIX, alianças familiares e redes de sociabilidade no século XIX. Entre as mais recentes publicações estão o livro O Quarteirão do Mosquito – famílias, fazendas e a economia agropastoril das Minas Gerais (séculos XVIII e XIX) (2022) e o capítulo “O Mosquito e seus arredores: espaço e habitação nas Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX”, publicado na obra Espacializando a História: experiências e perspectivas sob o prisma do urbano (2021).

FILIPE MOREIRA ALVES DE LIMA
Possui graduação em História pela Universidade Federal de São João del-Rei. Pela mesma instituição obteve o título de mestre, desenvolvendo a pesquisa “Elites econômicas e atividades agropastoris de abastecimento, São João e São José del Rei, 1750-1808”, realizada sob orientação do professor Dr. Afonso de Alencastro Graça Filho. É professor efetivo da rede federal de ensino desde 2014, estando atualmente lotado no Instituto Federal Catarinense, campus Araquari.

GUILHERME AUGUSTO DO NASCIMENTO E SILVA
Formado em História na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui Mestrado em História pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Desde 2013, é professor da rede pública estadual de Minas Gerais, ministrando aulas para turmas de Ensino Fundamental e Médio, em Divinópolis-MG. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: História de Minas Gerais, Escravidão, Demografia e Família Escrava.

JAIRO BRAGA MACHADO
É graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1985), possui pós-graduação lato sensu em Metodologia da História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1989), possui pós-graduação lato sensu em História do Brasil República pela Faculdade de Ciências Econômicas Administrativas e Contábeis de São João del-Rei (1987), possui Especialização em Organização de Arquivos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1993). É servidor público federal aposentado do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, tendo atuado no período de 1984 a 2016.Como servidor, atuou como como historiador responsável pelo Arquivo Histórico na cidade de São João del-Rei. Durante esse período, exerceu o cargo de diretor do Museu Regional de São João del-Rei em duas gestões. Foi coordenador do Projeto da Linguagem do Toque dos sinos em São João del-Rei, hoje reconhecido como Patrimônio Imaterial Nacional. Possui Treinamento em Preservação/Restauração de Acervos em Suporte papel pela OEA - Organização dos Estados Americanos /Programa Nacional de Museus. Curso de Capacitação em Planejamento e Gestão de Políticas Públicas de Cultura pelo Centro de Estudos Históricos e Culturais- CEHC- Fundação João Pinheiro -MG. Foi superintendente substituto junto à Superintendência Regional do IPHAN em Minas Gerais de (2009-2013). Atuou como historiador na Revitalização do Museu da Força Expedicionária Brasileira na cidade de São João del-Rei (1985-1986). Teve participação no VII Congresso Luso Brasileiro de História da Educação na Universidade do Porto – Portugal (2008), com a comunicação “Antônio Francisco Lisboa, Aniceto de Sousa Lopes, artistas, artífices em potenciais contextos educativos: cidades coloniais das Minas Gerais” (em coautoria com a professora Dra. Eneida Pereira dos Santos).

KEILA CECÍLIA DE MELO
Doutoranda em História Social pela Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre em História Social pela Universidade Federal de São João del Rei. Graduação em História (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal de São João del-Rei/UFSJ. Atua na área de História Social da Economia com ênfase em História Agrária entre os séculos XVIII e XIX. Temas de estudo e atuação: o mercado de terras pré-capitalista, as formas de exploração da unidade fundiária, as propriedades rurais pro indiviso, a construção e atuação das redes de solidariedade e parentesco e os movimentos de expansão e/ou divisão do latifúndio.

SIRLEIA MARIA ARANTES
É professora de História do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sudeste de Minas Gerais, (IF SUDESTE MG) Campus Barbacena. Licenciou-se em Filosofia e História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), onde especializou-se em Filosofia Contemporânea e História de Minas Gerais no século XIX. Cursou o mestrado em História Social na Universidade Federal Fluminense (UFF) com a dissertação “Por minha agência e Indústria”: os libertos nas Minas setecentistas - Vilas de São José del-Rei e São João del-Rei (1736-1808)”. Esta foi publicada na versão de livro pela Novas Edições Acadêmicas em 2017, disponível na www.nea-edicoes.com. Doutorou-se em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com a tese “No rendilhado do cotidiano: a família e as redes sociais dos livres de cor na Comarca do Rio das Mortes (c.1770 – c.1850)” publicado em formato de livro em 2020 pela Appris. Desenvolve pesquisas sobre a constituição da família dos libertos em Barbacena e as alforrias de1753 a 1888.