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HISTÓRIAS DE BAIXA VISÃO
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Autores: Mariana Baierle (org.)

“Vamos fazer um livro sobre pessoas com baixa visão? Assim começou o trabalho que você, caro leitor, tem em suas mãos. Através de um grupo criado no Whatsapp, em que 19 pessoas toparam o desafio de contar um pouco sobre a vida cotidiana, angústias, aprendizados, superações e crônicas em geral envolvendo a baixa visão. No sentido mais completo da expressão de diferentes olhares, os autores empreendem uma obra desafiadora e repleta de realidades, verdades e sentimentos que valorizam o ser humano e a sua melhor característica: a diversidade.
O trabalho chama atenção pelo genuíno objetivo de apresentar as pessoas com baixa visão, no interregno entre o ver e o não ver. De forma oportuna, no ano de aniversário de 50 anos da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (ACERGS), o livro destaca a representativa quantidade de pessoas com baixa visão (seis milhões de brasileiros), bem como estabelece-se como um marco na promoção das realidades enfrentadas por esses sujeitos que enxergam o mundo em uma perspectiva diferente, mas nem sempre são socialmente percebidos” (Rafael Martins dos Santos).


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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-1826-0
DOI: 10.24824/978854441826.0
Ano de edição: 2017
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 158
Formato do Livro: 16x23 cm
Número da edição:1

HISTÓRIAS DE BAIXA VISÃO<br><a href=https://editoracrv.com.br/produtos/detalhes/33299-CRV>VER 2ª EDIÇÃO</a>

MARIANA BAIERLE
Meu nome é Mariana Baierle, tenho 31 anos e nasci em Porto Alegre no Rio Grande do Sul (RS). Gosto de ler, conversar com os amigos, estar com meu marido, tomar chimarrão e, acima de tudo, adoro café. Sou jornalista pela PUCRS e mestre em Letras pela UFRGS. Atualmente trabalho na Fundação Piratini, atuo na rádio FM Cultura. Sou consultora em audiodescrição, ministro palestras e cursos na área da acessibilidade. Edito o blog Três Gotinhas desde 2011. Sou associada e engajada nas atividades desenvolvidas pela Associação de Cegos do RS. Tenho baixa visão (cerca de 5 a 10% de visão) desde sempre, pois nasci com uma má formação congênita na retina do olho. Quando me perguntam como enxergo costumo dizer que não tenho muito como explicar, pois meus 10% de visão são os meus 100%. Não tenho a comparação ou a referência de quem enxerga. Sinto apenas, de forma intensa, que o mundo não foi projetado para alguém com esse nível de visão e que temos que estar nos adaptando o tempo todo, embora infelizmente as outras pessoas nem sempre estejam dispostas a se adaptar às nossas necessidades.

ADENIRCE DAVI
Meu nome é Adenirce Davi – Ade, sou nascida em Erechim/RS e formada em Ciências Contábeis na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Sou nona por vocação e escritora por afeição. Tenho baixa visão desde sempre e desde sempre faço o que quis da vida, principalmente costurar e escrever. Hoje, tenho um blog de poesia (adeliteraria.blogspot.com) e acredito que: “Deus escreve reto por linhas tortas, que é o contorno das rosas. Ele desenha nossas hortas, e eu as pinto em verso e prosa”.

ANDRÉ WERKHAUSEN BOONE
André Werkhausen Boone – Nasci e fui criado na pequena cidade de Nova Petrópolis na serra Gaúcha, sonhador e empreendedor nato, graduado em administração e especializando em direito do consumidor. Nascido no dia 27 de agosto de 1992, estou com 24 anos. Convivo com uma inflamação no sistema nervoso central, chamada de síndrome de Devic, que aos poucos tirou a minha capacidade visual, culminando numa cegueira desde o dia 6 de março de 2009. Entre dezembro de 2006 até março de 2009, enfrentei o limite da baixa visão, que por ser uma novidade aliava sentimentos de ansiedade, medo e fracasso, sem falar nos limites diante do desconhecido. Depois de enfrentar todo este obstáculo comecei a reagir, na tentativa de manter minha forma desbravadora de viver com bom humor, iniciando um ressurgimento acadêmico e aprendendo novas formas de aproveitar o espetáculo da vida.

ARIANE KRAVCZYK BERNARDES
O meu nome é Ariane Kravczyk Bernardes e nasci em Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul. Tenho visão subnormal desde o nascimento, devido a uma condição genética caracterizada por um grau de albinismo, que interfere no correto funcionamento das funções oculares. O Albinismo Ocular faz parte da minha vida desde sempre e por conta dele tenho cerca de trinta por cento de visão. Entretanto, essa questão da deficiência visual é muito natural para mim. Mais do que uma mera deficiência é algo que se incorporou como uma característica inerente ao meu ser. Seja por ter menos visão do que a média das pessoas ou por questões de personalidade, desde a infância sempre me interessou a música, o desenho e o aprendizado de diferentes idiomas. Hoje, o prazer pela leitura, que com materiais digitais e mais acessíveis, só tem aumentado. Áreas mais introspectivas do pensamento, relacionadas à filosofia e à história são minhas favoritas tanto para ler, quanto para escrever. A preocupação com as questões sociais e ambientais de nosso planeta são de grande relevância para mim. Busco marcar presença na luta pelos direitos e questões de acessibilidade para todos. Assim como na luta pelos direitos das demais espécies de seres vivos. O que me motiva é o senso de justiça, a constante necessidade do equilíbrio das forças. Nesse momento, celebro uma década e meia de vegetarianismo e de empenho nas questões ambientais. O amor e o respeito pela vida são os faróis que me guiam nesta nossa louca jornada.

FERNANDA CRISTINA FALKOSKI
Sou a Fernanda Cristina Falkoski estudiosa, professora e pesquisadora. Tenho 28 anos. Nasci em Canoas, mas moro em Novo Hamburgo desde sempre. Tenho um namorado e moro em cima da casa dos meus pais, sou uma pessoa que gosta muito de ler e estudar, mas também de ajudar ao próximo sempre que possível. Organizo campanhas e atualmente estou envolvida em duas: arrecadar dinheiro por meio da venda de latinhas e plástico para comprar bicicletas tandem (de dois lugares) para realizar passeios com pessoas com deficiência visual na cidade onde moro – Novo Hamburgo e onde trabalho – Campo Bom. E também na campanha para reformar a casa de Rafael (criança com surdocegueira, abaixo falarei sobre ele). Meus pais e minha avó materna me ensinaram desde muito cedo que devemos sempre ajudar ao próximo. Minha avó dizia “Ajudar sem olhar a quem” e assim cresci, dentro de uma família envolvida e engajada em campanhas e ações buscando tornar um pouco melhor a vida de algumas pessoas.

FERNANDA SHCOLNIK
Me chamo Fernanda Shcolnik. Nasci no Rio de Janeiro em abril de 1983. Sou professora, formada em Letras pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde também fiz Mestrado em Literatura Brasileira e Doutorado em Literatura Comparada. Atualmente, sou diretora de comunicação da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (ADVERJ) e represento essa instituição no Fórum Carioca de Direitos Humanos. Mantenho uma página no Facebook chamada “Eu tenho baixa visão” e participo do Coletivo Bengala Verde, um grupo de trabalho que visa pesquisar, debater e divulgar a bengala verde como instrumento de orientação e mobilidade voltado para as pessoas que tem baixa visão. Faço reabilitação no Instituto Benjamin Constant desde setembro de 2016 e tenho uma bengala verde chamada Sininho.

FRANCIELE BRANDÃO
Meu nome é Franciele Brandão, tenho 30 anos e sou uma pessoa com deficiência visual desde os 18 anos, devido ao descolamento de retina que se gerou em função da miopia muito alta. Durante muitos anos fui uma pessoa com baixa visão, mas com o decorrer do tempo minha visão foi gradativamente se “apagando”. Atualmente, consigo perceber apenas a diferença do dia e da noite. Nasci e resido em Porto Alegre, local que proporcionou recursos por meio do contato com outras pessoas com a deficiência visual. Sou graduanda do curso de psicologia e assim materializo um sonho, que jamais achei ser possível.

GABRIEL PESSOA RIBEIRO
Meu nome é Gabriel Pessoa Ribeiro. Com vinte anos de idade, faço faculdade de Psicologia, estou cursando o quinto semestre. Sou formado em Acompanhamento Terapêutico (AT), íntimo na prática do violão e também canto. Outrora enxergante (neologismo criado por mim para definir as pessoas que enxergam), senti na pele os dois lados da moeda. Os momentos comuns de infância passando pela dificuldade da perda de visão e a readaptação a um mundo novo até a superação dos obstáculos que me fizeram estar aqui. Isso é o que vocês encontrarão nesta história, ou melhor, a minha história de vida.

GILBERTO KEMER
Meu nome é Gilberto Kemer, sou nascido na cidade de Campos Novos, no oeste de Santa Catarina, divisa com Barracão/RS. Sou filho de Rodolfo Kemer e Vidalvina Gonçalves Kemer, membro de uma família de seis irmãos, dos quais o mais velho tenho-o como um segundo pai. Sou radicado no Rio Grande do Sul desde julho de 1982, quando cheguei em Porto Alegre, ficando internado no Instituto Santa Luzia, afim de buscar a devida reabilitação e iniciar meus estudos. Milito no Movimento de Cegos desde 2002, quando comecei a me interar mais das coisas e da vida política da Associação de Cegos do RS (ACERGS), onde me encontro no cargo de presidente desde janeiro de 2015 até o momento.

GRAZIELI DAHMER
Sou Grazieli Dahmer, tenho 34 anos de idade, solteira e sem filhos, natural de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Estudante até o momento do curso de Ciência da computação pela ULBRA em Canoas – Universidade Luterana do Brasil. Nasci cega, com glaucoma congênito. Ainda bebê, eu passei por tratamentos e cirurgias para que pudesse ter um pouco de visão pelo menos, 10% do olho esquerdo e vultos do olho direito. Por 25 anos tive baixa visão e hoje estou cega. Sou filha de mãe falecida em 2014 e pai ainda vivo. Tenho um irmão de criação mais velho, um mais novo de sangue e duas irmãs por parte de pai. Minha família mora na cidade de Alvorada. E eu decidi vir morar sozinha em Canoas por conta da faculdade. Esta é uma breve apresentação da pessoa que sou.

HENIANE PASSOS ALEIXO
Chamo-me Heniane Passos Aleixo e tenho 38 anos. Sou professora e pedagoga e, atualmente, trabalho em um Abrigo Institucional e, também, em uma Escola Especial que tem uma proposta bilíngue para pessoas com surdez e pessoas com surdocegueira, na cidade de Pelotas/RS. Cidade esta na qual nasci e resido até o momento. No ano de 1999 me formei em Magistério pelo Colégio Municipal Pelotense e em 2010 concluí o curso de Pedagogia pela Universidade Federal de Pelotas. Sou Especialista em Educação com ênfase em educação de pessoas com surdez pela UFPEL; sou Psicopedagoga Clínica e Institucional pela CESUSC e, atualmente, Mestranda em Educação Matemática pela UFPEL. A pesquisa que desenvolverei no mestrado é a relação do aprendizado do conceito de número por uma pessoa com surdocegueira. Somado as minhas demais formações, sou Tradutor e Intérprete de Libras, Guia Intérprete e estou em formação para atuar como Instrutora Mediadora de pessoas com Surdocegueira e Deficiência Múltipla Sensorial. Atuei em diversas áreas como: Educação Infantil, EJA, Alfabetização, Sala de Recursos Multifuncionais, Apoio, Reabilitadora Visual e, também, como Educadora de pessoas com surdocegueira.

MAICON TADLER
Meu nome é Maicon Tadler. Sou da cidade de Rolante, mas atualmente resíduo em Porto Alegre, em razão que a capital me proporciona muitos recursos. Tenho 29 anos e a baixa visão começou a partir dos 19 anos, devido a retinose pigmentar. Confiando em Deus, tomei coragem, concluí o ensino médio e estou me formando em administração, estou em um bom emprego e colaboro junto ao departamento de empreendedorismo da ACERGS, sou casado, tenho minha casa e uma vida realizada. Dou graças a Deus, porque devo tudo a ele e as pessoas que ele colocou em meu caminho.

MANOEL NEGRAES
Sou Manoel Negraes. Nasci em São Paulo, no dia 11 de março de 1979.Desde 2010 moro em Curitiba, cidade na qual passei praticamente todas as férias até meus 20 anos de idade – aliás, um sonho de infância realizado. Adoro futebol, ou melhor, o Palmeiras; ler romance, poesia e biografia e; ouvir música, sobretudo samba, choro e bossa nova (válvulas de escape no meio do caos). Adoro também viajar, principalmente, de carro e conhecer pessoas. Sou formado em Ciências Sociais e apaixonado por História e Antropologia. Atualmente, sou sócio proprietário da empresa Vias Abertas – Comunicação, Cultura e Inclusão e participo de diversas iniciativas relacionadas à defesa dos direitos das pessoas com deficiência, entre elas o Coletivo Bengala Verde.

MARILENA ASSIS
Marilena Assis – Nasci em 1962, em Santo Antônio da Patrulha, interior do Rio Grande do Sul (RS). Vivi na zona rural até vir para Porto Alegre em busca de educação para uma pessoa com deficiência visual. Estudei no Instituto Santa Luzia, onde passei a conviver com outras pessoas com deficiência visual. Sou graduada em Letras, especialista em Educação de Jovens e Adultos (EJA) com Deficiência Visual, especialista em Audiodescrição e mestre em Gestão e Política da Educação. Sou professora e trabalho em sala de recursos na Rede Estadual do RS e na Rede Municipal de Porto Alegre. Colaboro com a formação de professores e presto consultoria em audiodescrição. Como herança da vida no campo ficou o prazer pelas atividades junto à natureza: aprecio o som do vento, o canto dos pássaros, o chuvisco das cachoeiras, as trilhas e o “silêncio”. Gosto da praia no verão, dos parques no inverno e tudo o que se relaciona com esses espaços nessas estações. Os livros me fazem excelente companhia e com eles dou voltas ao mundo.

RAFAEL BRAZ
Sou Rafael Braz, estudante de Psicologia e audiodescritor-consultor. Latino-americano e brasileiro, nascido em Porto Alegre. Vim ver o mundo pelo lado de fora em agosto de 1979. Crescido na periferia da região metropolitana – capital sul-rio-grandense aprendi, desde a infância, a admirar e respeitar a beleza da diversidade humana. Fascinado pelo conhecimento, levo os estudos como uma das principais atividades na minha vida. Sou amante da arte, em especial a música, teatro e literatura. Aficionado por biografias também sou atraído por livros, representações e conversas sobre histórias de vida. Ademais, me encanta viajar e conhecer diferentes lugares e culturas. Aprender, me (des)envolver e amar a vida constituem a essência dessa minha jornada.

RAFAEL FARIA GIGUER
Meu nome é Rafael Faria Giguer. Nasci em Porto Alegre e passei a vida toda aqui, salvo uma pequena estada de dois anos no Acre. Me formei em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também fui servidor auxiliando na inclusão dos alunos com deficiência. Atualmente sou Auditor-Fiscal do Trabalho, fiscalizando as empresas para que realizem a contratação de empregados com deficiência. Adoro dançar e nos tempos livres sou massoterapeuta, tarólogo e astrólogo amador.

RAFAEL MARTINS DOS SANTOS
Sou Rafael Martins dos Santos, tenho 39 anos e tenho baixa visão em razão da retinose pigmentar, doença congênita, e também glaucoma. Formei-me em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e sou pós-graduado em Inteligência Estratégica e Competitiva na PUCRS. Sou um cara que gosta de viajar, praticar atividades físicas e estar entre os amigos e familiares. Atuo como bancário e sou um militante das causas da pessoa com deficiência, procurando participar de forma ativa de ações em prol desse nosso segmento.

RENATO D’AVILA MOURA
Sou Renato D’Avila Moura, natural de Aracaju – SE. Nasci em 05 de novembro de 1988, com baixa visão, o diagnóstico foi distrofia de cones e bastonetes. Não tinha visão central, apenas periférica. Enxergava o mundo em apenas duas cores: preto e branco. Filho de Alvimar Moura, médico e Inês Moura, enfermeira.

TECO BARBERO
Sou Antonio Walter Barbero conhecido como Teco Barbero. Tenho 36 anos, sou solteiro e sem filhos, nascido e criado em Sorocaba interior de São Paulo. Amo futebol e sou corintiano. Tenho duas irmãs e duas sobrinhas. Sou formado em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba UNISO, fiz o primeiro curso de fotografia para pessoas com deficiência visual do Brasil “Outro Olhar: Fotografando com o Corpo”, apoiado pela mesma Universidade. Atualmente trabalho no departamento de marketing da Faculdade de Engenharia de Sorocaba FACENS. Falo os idiomas Italiano, Espanhol, Inglês e tenho noções de Francês e alemão. As atividades de fotografia e inclusão são meus ideais de vida. Pretendo fazer da fotografia um meio de inclusão de nós, pessoas com deficiência, na sociedade. Também ministro palestras motivacionais e tenho a intenção de tornar esses trabalhos minha única fonte de renda.