Capa do livro: LITERATURA EM TRANSE:<br>labirintos, abismos, humor, transe e dor<br>ENSAIOS

LITERATURA EM TRANSE:
labirintos, abismos, humor, transe e dor
ENSAIOS

Autores: Deneval Siqueira de Azevedo Filho

Ao contrário do que afirma a tradição aristotélica acerca do risível, o humor se realiza sem o rebaixamento e, no lugar da zombaria, institui a dor. É o que se verá presente no “transe” em outros autores aqui estudados. Sendo o riso um instrumento de crítica, a reflexão promovida pelo humor diante da situação cômica conduziria ao conhecimento catastrófico das causas que levaram o ser ao ridículo. Justifica-se, assim, a melancolia que se projeta do humor, que congrega o cômico e o trágico em uma mesma realização de caráter híbrido, capaz de representar tensões de um universo degradado, em ruína. Sob esse aspecto, a ambivalência do humor pode ser representada pelo “transe”, como fica bastante evidente em Hilda Hilst no jogo humor/escracho/dor, em João Gilberto Noll, na extrema solidão ruinosa dos revolucionários, no pastiche/ironia fina em Sérgio Sant’Anna, no telurismo e nos labirintos da marginalidade periférica em Bernadette Lyra e no erotismo e no humor maldito de Waldo Motta. Além, a análise de Ó, de Nuno Ramos, nos aspectos do “transe”, no tema da morte e no excesso/falha de comunicação entre os homens.
A cada capítulo as análises mostrarão as peculiaridades de cada obra/autor/recepção. É fato que o trabalho de pesquisa não é capaz de se esquivar da subjetividade, principalmente quando se considera que a escolha do objeto de estudo parte, em grande medida, de opções individuais. Na definição do conjunto de obras que compõem este trabalho, foram considerados textos de caráter exemplar do ponto de vista da congregação de traços capazes de definir diferentes aspectos do “transe” na Literatura Brasileira e Portuguesa contemporâneas.
Os ensaios presentes nesta obra mostram, por meio de categorias diversas, que o humor não é o cômico, embora parta de sua realização para se concretizar. Ao contrário do que afirma a tradição aristotélica acerca do risível, o humor se realiza sem o rebaixamento e, no lugar da zombaria, institui a dor. É o que se verá presente no “transe” nos autores aqui estudados. Sendo o riso um instrumento de crítica, a reflexão promovida pelo humor diante da situação cômica conduziria ao conhecimento catastrófico das causas que levaram o ser ao ridículo. Justifica-se, assim, a melancolia que se projeta do humor, que congrega o cômico e o trágico em uma mesma realização de caráter híbrido, capaz de representar tensões de um universo degradado, em ruína. Sob esse aspecto, a ambivalência do humor pode ser representada pelo “transe”, como fica bastante evidente em José Saramago, no tom político, em Hilda Hilst, no jogo humor/escracho/dor, em João Gilberto Noll, na extrema solidão ruinosa dos revolucionários, no pastiche/ironia fina em Sérgio Sant’Anna, no telurismo e nos labirintos da marginalidade periférica em Bernadette Lyra, no erotismo e no humor maldito de Waldo Motta e no excesso/morte em Nuno Ramos.

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-1205-3
DOI: 10.24824/978854441205.3
Ano de edição: 2016
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 186
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1

LITERATURA EM TRANSE:<br>labirintos, abismos, humor, transe e dor<br>ENSAIOS

DENEVAL SIQUEIRA DE AZEVEDO FILHO
É campista-goitacá (RJ). Possui bacharelado em Arquitetura (USU) e graduação em Letras-Português/Inglês e respectivas literaturas pela UNIFLU - Faculdade de Filosofia de Campos (1985), mestrado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Atualmente é Research Associate Professor - campus Nassau College - State University of New York, Research Associate Professor da Fairfield University, Connecticut, E.U.A. e Professor Titular de Teoria e História Literária do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo. Possui pós-doutorado em Literatura Comparada e Estudos Culturais pelo Harpor College of Arts, State University of New York in Binghamton e Pós-doutorado em Letras, Artes e Culturas, no International College of Letters and Cultures, Hispanic Research Center, da Arizona State University e Póis-doutorado Sênior pela Universidade Federal Fluminense, em Literatura Brasileira Contemporânea. Já publicou diversos artigos em revistas científicas, organizou coletâneas, publicou capítulos de livro e editou periódicos. São de sua autoria: Desarraigados – ensaios (Edufes, 1995), De cantos, de fotografias, de (in)vocação, do obsceno e dos palcos (Edufes, 1999), Holocausto das Fadas – a trilogia obscena e o Carmelo bufólico de Hilda Hilst (Annablume/Edufes, 2002), Lira dos sete dedos – a poética de Valdo Motta (2002), Anjos Cadentes – a poética de Bernadette Lyra (ACL, 2006), A bela, a fera e a santa sem saia – ensaios sobre Hilda Hilst (PPGL/UFES/Edgeites, 2007), Os bandidos na mesa do café (Edufes, 2012) Organizou Masculinidades Excluídas (Flor&Cultura, 2007), Bandid@s na pista – ensaios homoculturais (2008), A Multiplicidade das linguagens híbridas na ficção de Nuno Ramos (Arte & Ciência, 2012) e Por um (im)possível (anti)cânone contemporâneo – literatura, artes plásticas, cineme e música (Arte & Ciência, 2014).