Capa do livro: A DIMENSÃO FORMADORA DAS PRÁTICAS DE ESCRITA DE PROFESSORES

A DIMENSÃO FORMADORA DAS PRÁTICAS DE ESCRITA DE PROFESSORES

Autores: Valdete Côco

Na multiplicidade de fios que tecem as possibilidades de estudos envolvendo a linguagem e a formação de professores, neste livro abordamos a escrita de professores, observando especialmente as demandas postas à categoria. Demandas que vêm assinalando novos desafios, dentre eles a necessidade de sistematizar e comunicar o seu trabalho. Essas demandas, bem como a responsividade dos professores, integram o desenvolvimento escriturístico que vem marcando o conjunto da vida social. Nesse contexto, as atividades humanas se constituem cada vez mais intensamente a partir de formas de interação em que a escrita se apresenta como um suporte privilegiado para o acesso e a produção de conhecimentos (CERTEAU, 1994).

Numa sociedade que vem sofrendo uma enorme gama de mudanças com notórias transformações nas áreas relativas aos modos de produção, às tecnologias de informação e à democracia política, a palavra escrita ganha novos contornos (BAUMAN, 1999; 2000).  Analisando as transformações das práticas escriturísticas em face das transformações sociais, Certeau (1994, p. 224) afirma que a prática escriturística assumiu valor mítico reorganizando aos poucos todos os domínios por onde se estendia a ambição ocidental de fazer sua história. Com isso, aprender a escrever define a iniciação em uma sociedade capitalista e conquistadora. Como uma “prática iniciativa fundamental” precisa ser atualizada, conforme as transformações e demandas do contexto porque “o progresso é do tipo escriturístico” (CERTEAU, 1994, p. 227). A escrita apresenta-se, assim, como uma prática social de alcance político porque se materializa como atividade constitutiva de sujeitos capazes de interagir no mundo e nele atuar (BRANDÃO, 1997).

Observando o enraizamento da escrita no tempo e no espaço, partimos da perspectiva da instabilidade dos sujeitos, da história e da natureza na constituição social.  Nessa lógica, observamos a instituição das relações de poder na formação social com vistas ao controle das decisões a respeito de como o futuro haverá de ser construído. Nesse sentido, a escrita serve tanto à expressão quanto ao silenciamento – com variadas gradações e nuanças -, constituindo-se como um produto de relações entre homens situados. Considerando a linguagem, especialmente no seu desdobramento relativo à escrita, como ponto central na constituição dos sujeitos sócio-políticos da contemporaneidade,voltamo-nos para o sujeito professor no exercício do seu trabalho na escola e na participação em atividades de formação continuada (FC), incorporando esses focos ao contexto do conjunto da vida do professor. Nessa lógica, indagamos como os professores utilizam a escrita em seu contexto profissional. Buscamos integrar a vida pessoal e profissional, conforme preconizado nos trabalhos de Nóvoa (1991; 1992), considerando os sentidos estabelecidos para as práticas de escrita, as formas de sua materialidade, as condições em que se efetivam os atos de escrita e as interações que negociam os processos de escrita vivenciados pelos professores.

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Editora: EDITORA CRV
ISBN:978-85-444-0144-6
DOI: 10.24824/978854440144.6
Ano de edição: 2014
Distribuidora: EDITORA CRV
Número de páginas: 262
Formato do Livro: 14x21 cm
Número da edição:1

A DIMENSÃO FORMADORA DAS PRÁTICAS DE ESCRITA DE PROFESSORES

VALDETE CÔCO

Doutora em Educação. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, do Centro de Educação, da Universidade Federal do Espírito Santo – DLCE/PPGE/CE/UFES. Pesquisadora integrante do grupo de pesquisa “Trabalho docente na educação básica no Espírito Santo”. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Formação e Atuação de Educadores - GRUFAE. Tutora do Programa de Educação Tutorial: Projeto Educação – UFES. Integrante do Núcleo de Educação Infantil – NEDI/UFES.