INFÂNCIA E EDUCAÇÃO:
teorias, práticas e costumes

Autores: Eliseu Riscaroli

Se a infância tem se constituído num conjunto de desafios de toda ordem nos últimos tempos. Se até o Sec. XIX ela sequer era considerada como uma fase da vida do ser, no século seguinte, passamos por atribuí-la toda sorte de mazelas, incompetências, aforismos, achados pedagógicos, desvios de conduta, faz de conta e uma série sem fim de adjetivos mesquinhos em nome de uma pedagogia moderna das competências avalizada por Perrenoud (2013; 2000; 1999;  e Delors  (2012) cuja competência é discutível, mas que povoa a cabeça dos professores. Tudo isso com a benção da políticas do Banco Mundial (BM), Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e outras agencias mui interessadas na educação infantil. Mas criar escolas e creches não é uma obra  de difícil execução. A parte mais delicada é propor uma forma de educação destes que serão o futuro da nação, embora eles não tenham opinado sobre este futuro. Para suprir esta lacuna, aparecem filosofias pedagógicas que vão desde Rousseau, Comenius, Kant, Montessori, Freinet, Malaguzzi, Lipmam, Ferreiro, entre outros. Por ultimo, a competência do sistema está colocada em xeque quando os programas, projetos e políticas – RCNEI, PNQEI, PRO INFANCIA, PRO-INFANTIL  obriga o Mec a criar um pacto pela alfabetização na idade certa - pnaic. Ora, temos aqui uma denuncia de que o sistema falhou. Pergunto: o que é idade certa pra ser alfabetizado quando a psicologia já nos disse, via Freud e Vigotsky, Wallon que o sujeito amadurece depois de passar pelos estágios de desenvolvimento. Tais estágios estão descritos como zona de desenvolvimento proximal e não como idade fixa.

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